sábado, 29 de novembro de 2008

Fica calma!

Hoje, com a turminha do Italiano, discutímos e ríamos com as formas de anunciar tragédias.

Atendendo cliente, celular no silencioso na bolsa, ligam do meu trabalho no escritório do cliente.
A secretária: Mônica, fica calma! Não se preocupa! Não é nada tão grave! A Luzinha tá bem.
Eu, a essas alturas, em pânico total: pelo amor de Deus, o que aconteceu?
Minha filha menor tinha cortado a cabeça numa manobra radical pulando da mesa para a rede.
Quase entrei junto na emergência, com ataque do coração.

Com minha amiga foi diferente, ela foi a última a saber.
Liga a prima: e aí, como tá teu pai?
Lalá: tá bem, ué.
Prima: Bem?! Ele teve um infarto e tá no hospital!!!
Caramba...

Todo mundo tem uma história.
Não sei se há jeito certo de dar uma notícia desagradável, vai ser ruim de qualquer forma, isso é fato.

Fazer drama, enrolar, ser direto, ou nem contar com o intuito de 'poupar' o outro, sei lá.
A gente critíca, mas é uma tarefa, no mínimo, chata.

Eu prefiro direto, mas com um tom de 'já tá tudo sob controle': A Lu caiu, machucou a cabeça, já estancamos o sangue e ela tá indo pro hospital (foi assim).

Tenho medo. Minha família tá longe, quando o telefone toca de madrugada, putz!
Há algumas semanas sofri com o acidente de moto da minha irmã caçula em SP.
Eu em Fortaleza, há 3.000 km. Impotente.
Mas nem cogito ser poupada.

Fazendo um link com o texto anterior, tem quem prefira ser poupado.
Omitam de mim para que eu me omita.

Ui!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Doidas e Santas

Mais de Martha Medeiros. Estou devorando um livro dela, me encontrei logo no título: Doidas e Santas.

Ela diz: 'Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota.'

E mais, que 'Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira pra ver quem está chamando lá fora. E santa, fica combinado, não existe.'

Tenho medo de me acomodar, de virar "a cansada".
Crítico conformismos e dou o maior para mudanças, reviravoltas.

Estimulo minhas filhas para que, desde cedo, elas se mexam, se posicionem, aprendam a fazer escolhas e emitir suas opiniões.

Desencorajo os 'tanto faz', 'qualquer coisa', 'qualquer um' e (o pior!) 'vc escolhe'.

Há muito tempo, li numa entrevista de um executivo americano que ele agradecia à mãe por tê-lo ensinado a fazer escolhas.
Ela perguntava: quer ervilhas ou feijão?
Ele respondia: tanto faz.
Ela retrucava: tanto faz, não! Vc tem que aprender a fazer escolhas.

Não dá pra acomodar na vontade do outro.
Melhor viver até a última gota (e encarar as consequências).
Melhor ser doida.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Obrigada por insistir

Esse é o título de um texto da Martha Medeiros onde ela agradece as pessoas que aconselham sem medo e insistem pra que vc tome determinada atitude ou caminho, pois todos nós passamos por momentos de hesitação, por dúvidas enormes ou pequenas. Vacilos.

Puxa, como é bom nessas horas ter um amigo que te diz: vá em frente! Que insiste pra que vc não desista, ou desista antes que seja tarde...

'Em tempos em que quase ninguém se olha nos olhos, em que a maioria das pessoas pouco se interessa pelo que não lhes diz respeito, só mesmo agradecendo àqueles que percebem nossas descrenças, indecisões, suspeitas, tudo o que nos paraliza, e gastam um pouco da sua energia conosco, insistindo.'

Obrigada por insistirem e por me permitir insistir!

A Mãe do Mundo

Mãe de duas meninas e suas amiguinhas, 1 mãe, 2 irmãs, 5 amigas, 1 secretária, 1 cachorrinha e de outras tantas pessoas que passam ou permanecem na minha vida.

É um papel que fui assumindo naturalmente e, mais naturalmente ainda, as pessoas notam e vão 'se chegando'.

Cuido, dou carinho, colo, ombro, ouço e dou conselhos sem reservas. Ui, que medo! Diria a Gata.

Nessa semana soube que uma amiga se referiu a mim assim: A Mãe do Mundo.

Quer saber? Adorei!!!